25 anos sem os Mamonas Assassinas
25 anos sem os Mamonas Assassinas
Se você era criança ou adolescente nos anos 90, existe uma chance muito grande de você ter curtido o som dos Mamonas Assassinas. Os músicos tiveram uma carreira promissora interrompida precocemente por causa de um acidente de avião.
O grupo era formado por cinco jovens que saíram do Guarujá, em São Paulo no ano de 1989. Anteriormente o nome da banda era ‘Utopia’. Os músicos começaram fazendo cover de grupos de Rock famosos, como Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs e outros.
O sexto elemento dos Mamonas Assassinas
Em 1990 um novo elemento entrou na banda, o tecladista Marcos Araújo, que chegou a ficar conhecido como o “sexto Mamonas”. Com essa formação a banda continuou tocando em alguns lugares pequenos.
Em 1992 a banda produziu seu primeiro disco independente, composto por 6 músicas, no entanto, das mil cópias lançadas, apenas 100 foram vendidas. Nessa mesma época Márcio saiu da banda e Júlio Rasec passou a ser o tecladista.
Mudança de rumo
Depois do fracasso das vendas, os integrantes começaram a perceber que as paródias e brincadeiras que faziam durante os ensaios, empolgavam muito mais o público do que as músicas sérias. Logo eles começaram a modificar o perfil da banda adotando algo mais cômico. Com o tempo eles gravaram alguns demos, conseguiram um contrato com uma gravadora e foi o início da banda Mamonas Assassinas.
Alcançando o sucesso
Logo a banda se tornou um sucesso nacional. O grupo se apresentou em praticamente todas as cidades do Brasil, participou de programar nas grandes emissoras de TV e chegaram a vender 25 mil cópias em um único dia. Dessa forma, o disco ganhou o título de disco de estreia mais vendido no país.
Apesar as letras consideradas politicamente incorretas, a banda fez muito sucesso com o público infantil. Por esse motivo, algumas pessoas tentaram censurá-los. Mesmo assim, os Mamonas chegaram a fazer até 9 shows por semana, conseguindo valorizar o cachê, que chegava até 100 mil reais.
O fim de um sonho
Exatamente hoje, dia 2 de Março, completa 25 anos do fatídico acidente que ceifou a vida de todos os membros da banda. Ao voltarem de um show em Brasília, o jatinho em que viajavam bateu na Serra da Cantareira, causando o fim de uma das bandas mais queridas do Brasil.
O enterro dos integrantes aconteceu no dia 4 de Março e foi acompanhado por mais de 65 mil fãs. A comoção foi tão grande, que algumas escolas suspenderam as aulas e o enterro foi transmitido por várias emissoras de TV.
As coincidências envolvendo os Mamonas Assassinas
Depois da morte dos membros da banda, algumas histórias começaram a surgir. Grande parte delas envolvendo a relação da banda com a aviação. Em um vídeo feito pouco antes do acidente, o tecladista Júlio Rasec revelou ter tido um pesadelo no qual o avião onde viajavam sofria um acidente.
Na gravação do vídeo o músico parecia bem impressionado com esse acontecimento, no entanto, não é somente esse episódio que mostra as coincidências com o ocorrido, alguns fatos envolvendo os músicos e a aviação surpreendem, como:
Na adolescência, Samuel gostava de fazer desenhos de aviões.
No fim dos anos 80, Sérgio, Bento e Samuel criaram uma banda chamada Ponte Aérea, que posteriormente mudaria o nome para Utopia.
Todos os integrantes viviam perto do aeroporto de Guarulhos.
Em um trecho da famosa música 1406, eles também citam um avião quando Dinho canta “Você não sabe como parte um coração, ver seu filhinho chorando querendo ter um avião”.
O vocalista dos Mamonas já chegou a citar o cantor Ritchie Valens, conhecido pela canção La Bamba e que também faleceu em um acidente aéreo. Durante uma entrevista na MTV, ele chegou a brincar que não lançariam um segundo álbum: “Vamos fazer um show no interior e vamos de monomotor, você já ouviu falar em La Bamba?”, disse o vocalista para a apresentadora Cuca Lazzarotto.
Por fim, pode ser uma mera coincidência ou algo sobrenatural, seja lá o que for, os Mamonas Assassinas deixaram sua marca na Terra e serão lembrados por mais 25 anos.